Auditório da Associação Comercial do Rio de Janeiro (subsolo)
Rua da Candelária 9, Rio de Janeiro – RJ
8 de agosto de 2012, 08h30 às 18h
A autoprodução no “horário de ponta” tem aumentado, alcançando níveis expressivos, estimados em mais de 3 GW. Em geral, essa geração é acionada por motores a óleo diesel.
A principal razão para a substituição do fornecimento pela concessionária local por geração própria é o preço da energia elétrica fornecida no horário da ponta. Empresas prestadoras desse serviço de geração, pela venda ou aluguel de equipamentos, tiveram sua atividade ampliada devido a essa condição tarifária face aos preços do diesel.
Embora a disponibilidade de grupos diesel junto à carga seja importante e, em alguns casos, indispensável para situações de emergência, como falhas no fornecimento e surtos de demanda, a perdurarem os atuais níveis tarifários, ampliados pela carga fiscal e demais encargos, o uso sistemático da geração diesel no horário de ponta tenderá a aumentar, acarretando importantes distorções econômicas para o país e no planejamento do setor elétrico.
No curto prazo, essa geração local pode ajudar a superar gargalos na rede de distribuição elétrica, alguns dos quais provavelmente decorrentes de a demanda de ponta, em certas áreas, ter sido subestimada, inclusive porque uma parte venha sendo gerada pelos próprios consumidores. A alteração da relação entre preços da geração a diesel e fornecimento no horário de ponta poderá acarretar dificuldades para o atendimento pelas concessionárias, por falta de investimento adequado em suas redes e, possivelmente, nos sistemas de transmissão.
Também vale lembrar que essa autoprodução, limitada ao horário de ponta, desestimula o desenvolvimento de sistemas eficientes de geração distribuída, notadamente a cogeração, muito importante à medida que aumenta a oferta de gás natural.
No plano ambiental, a autoprodução a diesel, sobretudo suas instalações urbanas, começa a preocupar e, diferentemente do que ocorre com os transportes, só agora as emissões desses geradores começam a ser reguladas e fiscalizadas, o que poderá diminuir sua competitividade frente ao atendimento pelas concessionárias, que precisam avaliar o impacto daí decorrente em seu mercado.
O Seminário foi concebido para, no espaço de um dia, avaliar os impactos e perspectivas dessas questões tendo como objetivo aumentar a eficiência do sistema, apresentando possíveis soluções para evitar que se perpetue e mesmo se amplie essa modalidade de geração.
Concessionárias Elétricas; Empresas, entidades e profissionais envolvidos com o planejamento energético; Autoprodutores de energia elétrica; Empresas distribuidoras de Gás Natural; Municipalidades; Fabricantes de geradores; Empresas operadoras de geradores de ponta; Entidades interessadas nas emissões urbanas e Universidades e Centros de Pesquisa