Seminário: Resistência do ar e eficiência automotiva

Academia Brasileira de Ciências
8 de novembro de 2011
Rua Anfilófio de Carvalho, 29,
3° andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ


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Publicado na sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Seminário avalia maneiras de melhorar aerodinâmica em veículos

O Seminário Resistência do Ar e Eficiência Automotiva realizado no dia 8 de novembro passado reuniu representantes do governo, montadoras de veículos, empresas e pesquisadores para apresentar maneiras de melhorar a aerodinâmica em veículos e apontar as principais dificuldades enfrentadas. Organizado pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética, o evento aconteceu na Academia Brasileira de Ciências – ABC, no Rio, e contou com o apoio do Banco Mundial, Conpet, ZdraX e da Revista Publiracing.

Na “Abertura” do evento, Marcos José Marques, presidente do Conselho Diretor do INEE, ressaltou que eficiência energética é um termo politicamente correto, mas que ações nesse sentido ainda são reduzidas. O Prof. Lindolpho Dias, secretário executivo da ABC, reforçou que a economia na área de transporte é notadamente importante devido à capacidade instalada da frota brasileira. Diretor geral do INEE, Jayme Buarque de Hollanda apresentou as perdas de energia no Brasil na área de transporte e questionou até que ponto as respostas serão consequências do mercado ou decorrentes de ações normativas por parte do governo.

Na Seção “Aerodinâmica dos Veículos”, a palestra apresentada pelo professor Fernando Catalano, da USP São Carlos, abordou os sistemas para redução de arrasto empregados em caminhões, tais como o uso de defletores na cabine, saias laterais e arredondamento dos cantos do baú e o fechamento do vão entre cabine e baú. O pesquisador apresentou problemas como a baixa velocidade média dos veículos, mesmo em vias de longa distância, devido à péssima condição da malha rodoviária nacional e à falta de padronização da altura dos caminhões no Brasil, o que faz com que a cabine e o baú não se encaixem perfeitamente.

Coordenada pelo professor Manoel da Costa Filho, a mesa “Superfície do Veículo e Arrasto” foi aberta pelo trabalho de Paul Gaiser, da ZdraX, que falou sobre a texturização de veículos utilizando uma cobertura inspirada nas cavidades da bola de golfe. Segundo ele, a expectativa é de que até fevereiro de 2012 o produto desenvolvido no Brasil já seja comercializado. Após, Fernanda Carvalho, da RBNA Consult, apresentou seu estudo de mestrado sobre aerodinâmica utilizando uma superfície com estrias longitudinais, inspirada na pele da baleia azul. De acordo com a pesquisadora, qualquer tipo de rugosidade pode contribuir para a redução do arrasto.

“Temos as patentes desses processos e estamos trabalhando em mais 13 patentes até o final de 2012, para outras aplicações. Nosso maior desafio para os próximos anos será definir que tipo de textura é mais apropriado para cada aplicação”, destaca Gaiser.

Especialista em transporte do Banco Mundial, Georges Darido falou sobre o projeto Green Freight (Frota Verde) que tem por objetivo promover a eficiência energética e a redução de emissão de poluentes no transporte de cargas. O BIRD iniciou em agosto a fase de testes no Brasil com a instalação de pneus verdes e defletores aerodinâmicos na frota de caminhões em Anápolis, Goiás, e o treinamento de ecodireção na frota, em Contagem, Minas Gerais.

Dentre as vantagens estão a redução do consumo de combustível, que pode variar de 15% a 25%, a diminuição do nível de ruído do vento e a poluição. Destacam-se também, a maior estabilidade em altas velocidades e a maior autonomia, este último fator considerado um dos entraves para a disseminação dos veículos elétricos.

A mesa “Menos arrasto: perspectivas dos fabricantes” foi coordenada por Pietro Erber, diretor do INEE. Bernardo Coelho, da Fiat Automóveis, enfatizou que a aerodinâmica é uma das maneiras de melhorar a performance e o consumo nos veículos de passeio. Marcus Kliewer, da Mercedez-Benz, comentou sobre o excesso de peso transportado por caminhões no Brasil e mostrou que o treinamento de motoristas pode render uma economia de combustível de até 4%. Roberto Poloni, da Marcopolo, falou sobre as dificuldades de desenvolver design aerodinâmico em ônibus devido ao formato e apresentou um modelo da empresa.

O último ciclo de palestras, Forças de Arrasto, políticas energética e de transporte, foi intermediado pelo professor Alexandre D’Avignon da COPPE. Nilson Quadros, do Conpet, falou sobre o trabalho de etiquetagem e o selo verde estampado no parabrisa dos veículos. Em seguida Fabio Real, do Inmetro, apresentou o Programa Brasileiro de Etiquetagem e o trabalho com veículos, que tem adesão das montadoras de forma voluntária. As palestras já estão disponíveis para download no site do evento, http://arrasto.inee.org.br/programacao.htm.

Serviço - Seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”

Data do evento: 8 de novembro de 2011
Local: Academia Brasileira de Ciências
Endereço: Rua Anfilófio de Carvalho, 29/3º andar, Centro - Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: arrasto@inee.org.br
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Publicado na segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Texturização levanta novo paradigma na engenharia aerodinâmica de veículos

Superfícies com pequenas cavidades similares às coberturas das bolas de golfe diminuem a resistência do ar, reduzindo o consumo de combustível e trazendo maior estabilidade para os veículos. Assunto será apresentado no Seminário Resistência do Ar e Eficiência Automotiva, organizado pelo INEE, em 8 de novembro, no Rio.

Em que medida a natureza das superfícies pode diminuir o arrasto em veículos será tema de palestra durante o seminário Resistência do Ar e Eficiência Automotiva. Sabe-se que superfícies muito lisas são capazes de reduzir a força do arrasto, ao passo que superfícies com pequenas reentrâncias podem amplificar esse efeito. Exemplo foram os maiôs de natação inspirados na pele de tubarão, que quebraram recordes nos Jogos Olímpicos de Sidney.

Inspirada no formato das bolas de golfe, a empresa ZdraX traz para o Brasil o processo de texturização de veículos. “Não queremos condenar ou desafiar o sistema de engenharia que já existe. Entendemos que a superfície lisa tem sua limitação e propomos expandir sua capacidade na redução do arrasto, nas aplicações aero e hidrodinâmicas, com sua texturização”, esclarece Paul Gaiser, diretor da empresa.

A texturização consiste em aplicar na estrutura do veículo uma superfície que contenha essas pequenas cavidades. A aplicação pode ser feita de maneira permanente, usando resinas moldadas por uma tela especial fabricada pela empresa, ou removível, através de um adesivo de um lado liso com cola e outro, externo, já texturizado.

“Temos as patentes desses processos e estamos trabalhando em mais 13 patentes até o final de 2012, para outras aplicações. Nosso maior desafio para os próximos anos será definir que tipo de textura é mais apropriado para cada aplicação”, destaca Gaiser.

Os tipos de aplicação variam desde o uso em transporte (ônibus, caminhão, avião, trem, barco), na engenharia e construção civil (pontes, torres, postes de iluminação, torres de alta tensão), até equipamentos esportivos.

Dentre as vantagens estão a redução do consumo de combustível, que pode variar de 15% a 25%, a diminuição do nível de ruído do vento e a poluição. Destacam-se também, a maior estabilidade em altas velocidades e a maior autonomia, este último fator considerado um dos entraves para a disseminação dos veículos elétricos.

A ZdraX conta com um investimento da FAPERJ - Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro na realização de testes em veículos texturizados para aferição de dados estatísticos. Está sendo desenvolvido um protocolo de testes que visa garantir à empresa uma certificação internacional junto a órgãos tais como o TÜV alemão, o NIST americano e o INMETRO, no Brasil.

Serviço - Seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”

Data: 8 de novembro de 2011
Local: Academia Brasileira de Ciências
Endereço: Rua Anfilófio de Carvalho, 29/3º andar, Centro - Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: arrasto@inee.org.br
Telefone: (21) 2532-1389

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Publicado na terça-feira, 4 de outubro de 2011

Seminário promovido pelo INEE debate os benefícios do uso de defletores em caminhões

Quando veículos de transporte comercial como caminhões baú trafegam a velocidades superiores a 60 km/h, o efeito aerodinâmico é intenso. A partir de 80 km/h, cerca de 70% da potência do motor é utilizada somente para romper a força de arrasto. Isso se deve principalmente ao formato de paralelepípedo na área frontal, onde o uso de defletores reduz o arrasto gerando economia de combustível.

O assunto será discutido durante o seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”, no dia 8 de novembro, na Academia Brasileira de Ciências, no Rio de Janeiro. O objetivo é examinar e discutir maneiras de aumentar a eficiência energética em veículos reduzindo a resistência aerodinâmica, além de mostrar os principais desafios e as tecnologias existentes.

“Se levarmos em consideração cidades como Rio e São Paulo, que possuem uma malha rodoviária extensa, o uso de defletores é muito importante”, destaca Fernando Catalano, Chefe do Departamento de Engenharia Aeronáutica da USP de São Carlos. “Se uma companhia transportadora colocar defletores em todos os caminhões da sua frota, ao final do ano compra-se um caminhão novo somente com a economia de combustível gerada”.

Devido a inúmeros fatores que podem afetar o resultado, não se tem dados precisos da economia de combustível originada a partir do uso de defletores. Uma variável, por exemplo, é o peso da carga transportada pelo veículo, pois quanto mais pesado estiver, mais combustível utilizará para percorrer o mesmo trajeto. Além das condições mecânicas do veículo, as dimensões do baú também importam, pois quanto mais alto, maior o arrasto.

Consumir menos combustível gera outros importantes benefícios para o meio ambiente, tais como a diminuição das emissões de poluentes com a redução da poluição atmosférica e do efeito estufa, que tanto afetam os grandes centros urbanos.

Do ponto de vista econômico, o País importaria menos combustível para realizar as mesmas atividades e com isso geraria uma economia de bilhões de reais. “O Brasil precisa investir porque os recursos naturais não são infindáveis. Eficiência é a palavra de ordem”, alerta Catalano, que participará da mesa redonda sobre aerodinâmica dos veículos.

A utilização de defletores nas frotas de caminhões vem crescendo a passos curtos no Brasil, principalmente se comparada aos países europeus. Para a fabricante nacional LK Fibra, que desenvolve seus próprios modelos de defletores, isso é resultado de um aspecto cultural. “Sentimos que uma mudança significativa e inteligente vem ocorrendo, aos poucos encontramos menor resistência do mercado a esses conceitos”, afirma Renato Cesare, Suporte Comercial da empresa.

Sobre o INEE

Criado em 1994, o INEE desenvolve ações para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de todas as formas de energia. Iniciou a discussão de temas hoje incorporados às políticas energéticas tais como a produção de excedentes de energia elétrica nas usinas de cana, a geração distribuída, incentivos à cogeração e às ESCOs. Uma importante linha de trabalho tem sido a proposta de aumentar a eletrificação do acionamento veicular, mais eficiente e menos poluidor. Reduzir as forças devidas à resistência do ar vai constituir nova e importante iniciativa para a redução das perdas energéticas nos transportes, sobretudos os pesados.

Serviço - Seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”

Data: 8 de novembro de 2011
Local: Academia Brasileira de Ciências
Endereço: Rua Anfilófio de Carvalho, 29/3º andar, Centro - Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: arrasto@inee.org.br
Telefone: (21) 2532-1389
  • Faça a sua inscrição e aproveite o desconto: até o dia 31 de outubro o valor é de R$ 350,00; após essa data e até o dia do evento, é de R$ 400,00.
  • Acesse o programa do evento e conheça os principais assuntos que serão discutidos.

Para entrevistas e mais informações sobre o seminário

  • Diretor geral do INEE – Jayme Buarque de Hollanda
  • Diretor do INEE - Marco Aurélio Palhas de Carvalho

Publicado na segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Seminário discute aumento da eficiência energética em veículos pela redução da resistência do ar‏

Promovido pelo INEE, evento reunirá cientistas, empresários e governo no debate para redução do consumo de combustível e apresentará inovações tecnológicas que apontam possíveis soluções para o problema.

O Instituto Nacional de Eficiência Energética - INEE promove no dia 8 de novembro, no Rio de Janeiro, com o apoio da Academia Brasileira de Ciências, o seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”. O objetivo é examinar e discutir maneiras de aumentar a eficiência energética em veículos reduzindo a resistência aerodinâmica, além de mostrar os principais desafios na área e as tecnologias já utilizadas.

O arrasto, termo técnico para resistência do ar, é a força que o veículo precisa vencer para se deslocar e que cresce fortemente à medida que aumenta a velocidade. Na maioria dos veículos, quando trafegam em velocidade acima de 80 km/h, mais de metade do consumo de combustível se destina a vencer o arrasto.

Nos carros de passeio, a força de arrasto é consideravelmente baixa dada a preocupação das montadoras na produção de automóveis com formatos aerodinâmicos. Além de produzir carros com menor consumo, reduzem a emissão de poluentes. No entanto, estima-se que haja ainda potencial substancial para redução do coeficiente de arrasto, até cerca de metade do nível atual.

Responsáveis pelo transporte rodoviário de cargas e pessoas, onde trafegam grande parte do tempo em velocidades acima de 80 km/h, os caminhões e ônibus possuem um coeficiente de arrasto consideravelmente mais alto. O formato de paralelepípedo longo dos ônibus prejudica sua aerodinâmica. Nos caminhões o arrasto é ainda maior, pois o chassi, baú e reboques são geralmente projetados e fabricados por empresas diferentes, sem uma integração de formatos. Não há, portanto, um casamento aerodinâmico e o vão entre as unidades faz crescer a resistência do ar.

Importância da redução do coeficiente de arrasto

Reduzir o coeficiente de arrasto envolve não somente os proprietários de veículos de passeio e empresários de frotas de caminhão e ônibus, pela economia no gasto de combustível, mas é de extrema importância para o País ao reduzir a sua importação e alcançar as metas de redução de poluentes atmosféricos. A Espanha, por exemplo, em março último, reduziu o limite de velocidade máxima nas estradas de 130 km/h para 110 km/h como medida para reduzir a importação de petróleo, em decisão de cunho estritamente econômico.

No caso dos veículos pesados, o resultado é uma contribuição significativa na economia de diesel, combustível fundamental na economia brasileira onde as ferrovias e hidrovias têm pequena importância se comparadas ao transporte rodoviário. No Brasil, cerca de 2/3 do diesel usado se destina ao transporte rodoviário.

Caminhões conseguem reduzir o coeficiente de arrasto com defletores instalados acima das cabines e que fazem a cobertura dos espaços entre a cabine e o baú, suavizando o impacto do ar e diminuindo o arrasto. No entanto, o uso desses assessórios ainda é pequeno no Brasil se comparado ao que se observa no resto do mundo. Fabricantes informam que as economias no consumo de combustível podem atingir 10% a 20% com o uso de defletores.

Há também soluções inovadoras como a aplicação de textura na superfície do veículo, baseada nas bolas de golfe que possuem várias reentrâncias e devido a elas sofrem menor arrasto e atingem distâncias maiores. Para entender um pouco mais sobre este assunto, assista ao vídeo. Pesquisadores também chamam a atenção para o fato do tubarão atravessar águas em alta velocidade graças ao menor arrasto de sua pele não lisa. Ambas os exemplos indicam que a ideia de que uma superfície lisa tem menor resistência é incorreta.

Contudo, a definição de formas aerodinâmicas e texturizações adequadas dependem de complexos programas de simulação, túneis de vento e processos de tentativa e erro. As soluções para aumentar a eficiência energética com a redução do coeficiente de arrasto já existem, mas faz-se necessário um conjunto de normas e de políticas públicas que incentivem esse tipo de atividade, tanto no setor comercial com o financiamento de equipamentos, quanto no desenvolvimento de linhas de pesquisa acadêmicas.

Sobre o INEE

Criado em 1994, o INEE desenvolve ações para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de todas as formas de energia. Iniciou a discussão de temas hoje incorporados às políticas energéticas tais como a produção de excedentes de energia elétrica nas usinas de cana, a geração distribuída, incentivos à cogeração e às ESCOs. Uma importante linha de trabalho tem sido a proposta de aumentar a eletrificação do acionamento veicular, mais eficiente e menos poluidor. Reduzir as forças devidas à resistência do ar vai constituir nova e importante iniciativa para a redução das perdas energéticas nos transportes, sobretudos os pesados.

Serviço - Seminário “Resistência do Ar e Eficiência Automotiva”

Data: 8 de novembro de 2011
Local: Academia Brasileira de Ciências
Endereço: Rua Anfilófio de Carvalho, 29/3º andar, Centro - Rio de Janeiro, Brasil
E-mail: arrasto@inee.org.br
Telefone: (21) 2532-1389
  • Faça a sua inscrição e aproveite o desconto: até o dia 31 de outubro o valor é de R$ 350,00; após essa data e até o dia do evento, é de R$ 400,00.
  • Acesse o programa do evento e conheça os principais assuntos que serão discutidos.

Para entrevistas e mais informações sobre o seminário

  • Diretor geral do INEE – Jayme Buarque de Hollanda
  • Diretor do INEE - Marco Aurélio Palhas de Carvalho

Apoio

ABC - Academia Brasileira de Ciências
CONPET - Programa Nacional de Racionalização do uso dos derivados do petróleo e do gás natural
Banco Mundial
Zydrax
Revista Publiracing

Organização

INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética