Seminário: Resistência do ar e eficiência automotiva

Academia Brasileira de Ciências
8 de novembro de 2011
Rua Anfilófio de Carvalho, 29,
3° andar, Centro, Rio de Janeiro, RJ

Devorador de combustível...

Acima de 80 km/h, mais da metade do combustível gasto por diversos veículos é destinado a vencer a resistência do ar, ou a força de arrasto.

... e de divisas

Caminhões em estradas, que trafegam em velocidades médias elevadas, podem reduzir o arrasto pelo uso de defletores, e diminuir o consumo de diesel importado.

Arrasto, o que é isso?

Arrasto é a resistência do ar que se opõe ao movimento dos veículos e que cresce fortemente na medida em que a sua velocidade aumenta.

Superfície irregular é melhor

Bolas de golfe, graças à superfície com pequenas cavidades, sofrem menos arrasto e alcançam mais que o dobro da distância de uma bola lisa.

Afinal, resistência do ar é um tema relevante?

Sim, a busca da eficiência energética nos transportes deve considerar esse aspecto como fator da maior importância: como projetar e adaptar veículos de modo que sofram menor resistência do ar?


Agora, vamos discutir isso tudo em um evento exclusivo...

Examinar e discutir formas de aumentar a eficiência energética do transporte automotivo pelo uso de estruturas e superfícies que permitam a redução do arrasto é o objetivo primordial do Seminário Resistência do Ar e Eficiência Automotiva.

A resistência do ar ao deslocamento dos veículos aumenta com a velocidade; acima de 80 km/h, essa força responde por mais de metade do consumo do combustível.

A força de arrasto para os carros de passeio reduziu muito, após as crises do petróleo, mas estima-se que haja ainda potencial substancial para melhora, até cerca de metade do nível atual. Para os ônibus, ela é bem maior do que para os carros, pois o formato de paralelepípedo longo prejudica sua aerodinâmica. Para os caminhões o arrasto é ainda maior, pois normalmente o chassi, baú e reboques são projetados e fabricados de forma independente e sem integração de formatos.

Caminhões conseguem reduzir o arrasto com defletores que diminuem o impacto do ar com superfícies planas, cobertura dos espaços entre a cabine e o baú e entre os reboques, mas o uso desses assessórios no Brasil ainda é pequeno.

Reduzir o arrasto interessa ao proprietário do veículo pela economia de combustível e é da maior importância para o país. Melhorar o arrasto para os ônibus e caminhões reduz o consumo de diesel nas estradas onde as velocidades médias são elevadas. Seria a forma mais rápida e de menor custo para o Brasil atingir as metas de redução de emissões, comprometidas internacionalmente, pois 2/3 do diesel usado em transportes é para fins rodoviários.

Conseguir resultados traz desafios práticos, tanto para o estabelecimento de um conjunto de normas que incentive a redução do arrasto para os veículos, quanto para as áreas científicas e acadêmicas; a definição das formas e superfícies adequadas, por exemplo, dependem de complexos programas de simulação, túneis de vento e processos de tentativas e erros. Não é de admirar que essa área ainda proporcione surpresas: contrariando o senso comum, superfícies não lisas, como das bolas de golfe, e da pele dos tubarões, também reduzem o arrasto e materiais com esse objetivo começam a ser oferecidos para a cobertura de veículos.


Preparamos este evento especialmente para você

Operador

  • Transportador de carga
  • Operador de ônibus interurbanos

Fabricante

  • Montadora
  • Fabricante de caminhões
  • Fabricante de carrocerias
  • Fabricante de ônibus
  • Fabricante de defletores
  • Fabricante de materiais de cobertura

Governo e entidade

  • Autoridade do setor de Transportes
  • Entidade de fomento da pesquisa e desenvolvimento
  • Entidade voltada para a redução sas emissões de carbono
  • Entidade de promoção da eficiência energética

Laboratório e pesquisador

  • Laboratório de pesquisa aerodinâmica
  • Centro de desenvolvimento e pesquisa

Sobre o INEE

Criado em 1994, o INEE desenvolve ações para eliminar imperfeições de mercado que levam ao desperdício de todas as formas de energia. Iniciou a discussão de temas hoje incorporados às políticas energéticas tais como a produção de excedentes de energia elétrica nas usinas de cana, a geração distribuída, incentivos à cogeração e às ESCOs (empresas que investem para aumentar a eficiência de terceiros e se remuneram com a redução das despesas com energia). Uma importante linha de trabalho tem sido a proposta de aumentar a eletrificação do acionamento veicular, mais eficiente e menos poluidor. Reduzir as forças devidas à resistência do ar vai constituir nova e importante iniciativa para a redução das perdas energéticas nos transportes, sobretudos os pesados.


Apoio

ABC - Academia Brasileira de Ciências
CONPET - Programa Nacional de Racionalização do uso dos derivados do petróleo e do gás natural
Banco Mundial
Zydrax
Revista Publiracing

Organização

INEE - Instituto Nacional de Eficiência Energética