Programa Etanol Eficiente - PrEE
Objetivo
O Programa Etanol Eficiente – PrEE, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Eficiência Energética – INEE, visa fomentar a competitividade do etanol hidratado (EH), melhorando a eficiência energética de sua utilização.
O PrEE deverá proporcionar informação e promover a mobilização de autoridades, fabricantes de veículos e motores, produtores de combustíveis, centros de pesquisa e do público em geral quanto às possibilidades e virtudes do uso do EH, valorizando e estimulando sua adequada utilização. Para tanto, reunirá empresas, especialistas, acadêmicos e outros agentes interessados em contribuir para esta finalidade.
Justificativa
A energia do EH pode ser convertida em energia mecânica com maior eficiência do que a da gasolina se o motor for apropriado à natureza desse combustível. No entanto, como a densidade energética do EH é menor que a da gasolina, fixou-se no país o falso conceito de que seria um combustível “menos eficiente” e que só seria competitivo quando custasse até 70% do preço da gasolina. Esse equívoco desinforma consumidores, influencia políticas de governo e induz à tomada de decisões inadequadas, inclusive no setor automotivo.
Considerando a importância do etanol no mercado brasileiro, seu uso pouco eficiente acarreta custos elevados para o país e coloca em risco sua viabilidade econômica e, portanto, a sustentabilidade da cadeia energética da cana-de-açúcar, sobretudo quando o preço da gasolina é mantido abaixo do seu custo.
Experiências têm demonstrado que o EH pode ser usado com melhor desempenho, compensando sua menor densidade energética.
É necessário repensar a estratégia global de participação do EH no mercado para assegurar uma participação mais expressiva, calcada na eficiência e nos ganhos ambientais.
Atividades, Projetos e Atuação
O INEE está iniciando as atividades do PrEE com seus próprios recursos que, no entanto, estão aquém daqueles compatíveis com a abrangência do Projeto. Todavia, a plena implementação do PrEE dependerá da adesão de Associados e respectivos aportes. Contando com uma receita mínima a ser definida, o INEE consultará os integrantes do Conselho Consultivo para formular os convites para formar o primeiro Conselho Diretor, o qual nomeará os membros do Grupo Executivo.
Os projetos do PrEE devem ser passíveis de avaliação de resultados de forma objetiva e, sempre que possível, mensurável, visando:
Gestão do PrEE
O programa terá um Conselho Consultivo (CC), um Conselho Diretor (CD) e um Grupo Executivo (GE).
A atividade do GE será conduzida no âmbito do INEE, como um projeto autônomo, com programa de trabalho, orçamento, acompanhamento das receitas e despesas e emissão de relatórios de atividades.
A manutenção do PrEE deverá contar com os recursos financeiros aportados regularmente pelos seus Associados, que serão pessoas físicas ou jurídicas.
O CC será integrado por pessoas convidadas pelo INEE, alinhadas com o objetivo do PrEE e que o apoiem com sugestões e apresentação de outros interessados. Não serão, necessariamente, Associados. Já aceitaram participar desse Conselho:
O CD será composto por representantes dos Associados, definirá os temas a serem desenvolvidos pelo PrEE e acompanhará a evolução dos trabalhos e contas geridos pelo Grupo Executivo.
Recursos
Os recursos para as atividades programadas do PrEE serão aportados em bases regulares pelos Associados, segundo categorias a serem oportunamente definidas.
O INEE e os Associados atuarão para obter os recursos necessários ao desenvolvimento de projetos do PrEE que exijam aportes de recursos extraordinários para a sua realização.
INEE
O INEE (www.inee.org.br), organização brasileira privada, sem fins lucrativos, criada em 1994, desenvolve ações para promover o aumento da eficiência na obtenção e utilização de todas as modalidades de energia. Um de seus enfoques prioritários é a cadeia energética da cana de açúcar, segunda maior fonte de energia primária do país, hoje ainda afetada por barreiras comerciais, culturais e institucionais, que impedem sua melhor utilização. Também atuou no sentido de viabilizar e difundir a geração elétrica distribuída, a maior eficiência na utilização do gás natural, mediante a cogeração, o acionamento veicular elétrico, a racionalização da produção de carvão vegetal e criou a COGEN RIO – Associação Fluminense de Cogeração de Energia e a ABVE – Associação Brasileira do Veículo Elétrico, dentre outras iniciativas